A hipertensão é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da pressão arterial, sobrecarregando o coração e aumentando o risco de problemas cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais (AVC), entre outras complicações de saúde. Também conhecida como pressão alta, atinge mais de um quinto da população adulta brasileira. Segundo dados da pesquisa Covitel 2023, 26,6% das pessoas no país todo possuem o diagnóstico.
No Brasil, o 26 de abril é dedicado ao Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, cujo objetivo é conscientizar a população sobre a pressão alta. Afinal, parte dos fatores de risco estão relacionados a hábitos de vida e podem ser mudados para prevenir a doença. Confira abaixo.
Os principais fatores de risco para a pressão alta
As causas para o surgimento da hipertensão são diversas, sendo 90% dos casos herdados dos pais. Entretanto, outros fatores contribuem para o aumento da pressão arterial. São eles:
- Tabagismo
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
- Consumo excessivo de sal
- Altos níveis de colesterol
- Obesidade
- Sedentarismo
- Estresse
Ainda conforme o site do Ministério da Saúde, sabe-se que a incidência da pressão alta é maior entre pessoas negras e aumenta com a idade, informações em consonância a dados de 2023 do Vigitel, consultados no Observatório da APS. Nas capitais brasileiras a pressão alta atinge 2.673.205 de pessoas com 65 anos ou mais – o equivalente a 64,6% da população nesta faixa etária, em oposição aos 5,8% de quem possui entre 18 e 24 anos.
Dados da mesma pesquisa mostram que 30,1% das pessoas pretas e 28,1% das pessoas pardas têm hipertensão, os maiores percentuais entre as categorias raça/cor.
Mulheres sofrem mais com hipertensão?
Sim, a pressão alta também é mais incidente junto à população feminina. Também de acordo com dados do Covitel, 30,8% das mulheres adultas brasileiras convivem com a pressão alta, em comparação a 22,2% dos homens. A tendência foi observada desde o período pré-pandemia e permaneceu nas edições mais recentes da pesquisa.
Alguns fatores indicam o porquê da maior prevalência da doença entre as mulheres. Entre eles, um cuidado mais atento com a própria saúde, o que explicaria o volume maior de diagnósticos. Mas não se pode ignorar, ainda, questões de gênero, como alterações hormonais (principalmente relacionadas à menopausa) e o estresse associado ao excesso de responsabilidades e à conciliação de tarefas.
Como prevenir a hipertensão?
A prevenção da hipertensão pode ser feita com atitudes simples como a adoção de um estilo de vida mais saudável e atenção aos fatores de risco. Uma dieta equilibrada que contemple frutas, verduras e legumes frescos, bem como alimentos integrais, é mais indicada do que uma rica em alimentos gordurosos e processados, cujo teor de sódio torna-se fator de risco.
A prática regular de atividade física proporciona bem-estar e ajuda na regulação do estresse, além da manutenção do peso corporal, afastando outros fatores de risco para a hipertensão. O abandono de hábitos nocivos como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool complementam o rol de iniciativas simples que podem ajudar no combate à pressão alta.
Na maioria das vezes assintomática, o diagnóstico de hipertensão arterial é feito com a medição regular da pressão. O Ministério da Saúde recomenda que seja feita pelo menos uma vez ao ano. A aferição também é uma parte essencial do tratamento que, combinada à administração de medicamentos e à adoção de hábitos mais saudáveis, proporciona qualidade de vida às pessoas diagnosticadas com hipertensão.