Metadados
Tipologia documental
Título
Padrão espacial da mortalidade por câncer de mama e colo do útero na cidade de São Paulo
Autores
Patricia Marques Moralejo Bermudi,Alessandra Cristina Guedes Pellini,Elizabeth Angélica Salinas Rebolledo,Carmen Simone Grilo Diniz,Breno Souza de Aguiar,Adeylson Guimarães Ribeiro,Marcelo Antunes Failla,Oswaldo Santos Baquero,Francisco Chiaravalloti-Neto
Resumo
OBJETIVOS: Verificar o padrão espacial da mortalidade pelos cânceres de mama e do colo do útero, em áreas da atenção primária à saúde, levando em consideração as condições socioeconômicas. MÉTODOS: O estudo é ecológico, de janeiro de 2000 a dezembro de 2016. A área de estudo é o município de São Paulo, Brasil, e suas 456 áreas de abrangência das unidades básicas de saúde. As informações sobre óbitos de mulheres com 20 anos ou mais de idade foram geocodificadas segundo endereço de residência. Foram calculadas as taxas de mortalidade, padronizadas por idade, e suavizadas pelo método bayesiano empírico local, além de agrupadas em três ou dois anos para reduzir a flutuação aleatória dos dados. Além disso, foram calculados os índices de Moran global e local bivariados, para verificar a existência de aglomeração espacial das taxas de mortalidade padronizadas com um domínio de condição socioeconômica, elaborado a partir do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. RESULTADOS: A taxa de sucesso da geocodificação foi de 98,9%. A mortalidade por câncer de mama, sem estratificação por tempo, apresentou um padrão com maiores taxas localizadas nas regiões centrais e com melhores condições socioeconômicas. Apresentou queda ao final do período e mudança de padrão espacial, com aumento da mortalidade nas regiões periféricas. Já a mortalidade por câncer do colo do útero manteve-se com as maiores taxas nas regiões periféricas e com piores condições socioeconômicas, apesar de apresentar redução ao longo do tempo. CONCLUSÃO: O padrão espacial da mortalidade pelos cânceres do estudo, ao longo do tempo, sugere associação com as melhores condições socioeconômicas do município, seja como proteção (colo) ou risco (mama). Esse conhecimento pode direcionar recursos para a prevenção e a promoção da saúde nos territórios.